Oferecer oportunidades é o principal objetivo da Alec (Associação Livres em Cristo), que há 3 anos atende cerca de 220 crianças e adolescentes no Parque da Liberdade, em Americana. A associação oferece oficinas socioeducativas e refeições diariamente em sede na rua Serra Formosa, 69, e neste sábado teve uma ação especial.

No período da tarde, 150 crianças e adolescentes tiveram acesso a atendimento de psicopedagogia, avaliação odontológica e oftalmológica, além de participarem de atividades culturais. Para Fernanda Câmara, presidente da entidade, os atendimentos são uma oportunidade para as crianças aprenderem sobre cuidados pessoais e de higiene, além de proporcionar apoio psicológico.

Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal

Diariamente, a Alec mantém 20 oficinas socioeducativas. Dentre as atividades estão aulas de danças, música, informática, culinária, artesanato e esportes. De segunda a sexta-feira, a entidade abre às 19h e oferece jantar após as atividades. Aos sábados, as oficinas tomam o dia todo e o almoço também é garantido.

“Viemos conhecer o Parque da Liberdade e vimos o tanto de criança que fica na rua. Por ser um bairro com muito tráfico de drogas, imaginamos que essas crianças estão propensas a essa atividade. Então precisamos fazer alguma coisa com essa criançada”, explica Fernanda.

Segundo ela, oferecer refeições é tão importante quanto ofertar atividades. “Eles chegam, fazem a atividade, jantam e vão para casa. Conversando descobrimos que algumas crianças só comem na escola. Hoje a gente oferece 2 mil refeições por mês, é uma tonelada de comida”, afirma.

A associação é mantida por 70 voluntários, que oferecem oficinas, preparam as refeições ou auxiliam nas atividades. Financeiramente, a Alec é sustentada por doações e parcerias.

Exemplo

Com 13 anos de idade, Isac dos Santos passa todos os sábados na Alec; ele faz aula de informática, culinária e capoeira, encaminhado à Alec pelo CAPS (Centro de Atenção Psicossocial Infantil). De acordo com a mãe, Roseli dos Santos, vendedora de 43 anos, o menino tem um distúrbio mental leve e sempre teve problemas na escola, mas tem apresentado melhora com as atividades da associação. “Ele mudou, na escola pegou mais amor pelas professoras e hoje consegue brincar com os amiguinhos”, diz.